terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Bom Natal :-)





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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Lixei-me!


   Deixei a pilha da roupa para passar crescer, não fossem os maias terem razão... Afinal de contas, vou passar o serão agarrada ao ferro que é para aprender a não ser procrastinadora! 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Mais peripécias


   Quem me conhece sabe que a minha vida é recheada de insólitos. Mesmo as coisas mais banais tendem a ter outra cor comigo ;-p Ora este mês e pouco na terra dos cangurus não podia deixar de ser diferente!

   A primeira, e talvez a mais grave, foi depois de termos arrendado casa. Ora escolhemos a casa pela localização (perto de transportes, lojas, supermercados, etc.) e pela sua imensa luz. Correspondia a todas as características que pretendíamos e ficámos super contentes com a escolha. Depois de nos mudarmos tivemos contudo uma surpresa... Pois que ao fim da rua existe um bar que tem música ao vivo 5 dias por semana (de quarta a domingo!) e à noite, quando queremos ir dormir, temos de levar com a música e com os gritinhos histéricos do público. Viemos depois a descobrir que este bar é quase uma instituição cá do sítio e já cá anda a perturbar o sono a residentes há anos. Porreiro, pá!
 
   Quando chegou a altura de comprar os sofás escolhemos um de três lugares e um de dois para fazer uma espécie de um ângulo recto na sala e separar a zona de descanso da zona de jantar. Quando os senhores vieram entregar os sofás descobrimos que o maior não passava na porta! Foi uma sensação de dejá vù! Ora lá tive de mandar o sofá de três lugares para trás e mandar vir outro de dois lugares. Para além de ter de pagar mais uma entrega, ficámos com um ângulo obtuso em vez de um ângulo recto!

   A grande parte das nossas coisas vem ainda num contentor pelo mar e ainda não chegaram. Por isso, andamos a viver com os básicos e vamo-nos desenrascando enquanto esperamos. Uma das coisas que vem a caminho é o nosso aspirador, mas não se pode esperar mais de um mês para aspirar a casa, não é?! Assim sendo, e como já queria comprar um aspirador pequeno para apanhar migalhas e afins, decidi encomendar um modelo da dyson que tem um cano longo e que dá para aspirar o chão de casa enquanto o outro não chega. Fiz a encomenda online, no mesmo sítio que me tinham recomendado e onde já tinha comprado o frigorífico e a máquina da roupa. Escolhi o dia da entrega mas na véspera à noite deixaram-me uma mensagem de voz a avisar que não "conseguiam encontrar" o artigo no armazém mas que me ligariam no dia seguinte. Da parte da tarde, como não tinham ligado, liguei para eles e o fulano informou-me que vinha a caminho.... No dia seguinte, como nada chegou nem me tinham dito mais nada, voltei a ligar: "ah e tal, não temos o artigo em stock, podemos entregar para a semana", ok... No dia marcado nada de novo, liguei para lá e disseram-me novamente que me contactariam. Passei-me e escrevi um email irado em que expus a situação e no dia seguinte lá me ligaram a pedir imensas desculpas, fizeram um upgrade para um modelo novo e mais caro e vieram por fim entregar o raio do aspirador. É muito bom e tem dado um jeito enorme!

   Na semana passada tive um encontro, ao final do dia, num outro subúrbio. Quando vou a sair de casa, vejo-me ao espelho no elevador e reparo que o colar que trazia ao peito se tinha partido! A porta do elevador abriu-se e dou de caras com o Homer que tinha vindo para casa mais cedo. Subimos os dois e enquanto mudei o colar convenci-o a vir comigo (e em boa hora o fiz!). Eu tinha visto na net os transportes e chegámos lá à hora marcada e sem qualquer problema. Mas... eu não me lembrei de ver os transportes de regresso... Chegámos à estação do comboio e passada meia-hora é que nos apercebemos que já não havia comboios de regresso! Ora bolas! Quando passamos o cartão à saída da estação foram-nos debitados $10 a cada um pois o sistema não identificou que não havia comboios e não tínhamos viajado, o que fez com que o meu Go Card ficasse com saldo negativo! Graças ao GPS no telemóvel lá descobrimos que podíamos ir a pé até à estação seguinte onde ainda circulavam comboios. O pior é que já estava tudo fechado e não tinha como carregar o meu Go Card pelo que vim até casa à borla mas com medo de encontrar o pica, lol. No dia seguinte ligámos para o apoio a clientes e eles creditaram-nos os $10 de imediato.

   Ontem, fui buscar as camisas do Homer à lavandaria e a senhora informou-me que tinham perdido uma! Perguntou-me qual a marca e como é que era a camisa para eles procurarem... O rapaz tem para aí umas 20 camisas diferentes, de marcas diferentes, sei lá eu qual é que faltava. Muitas delas ainda estão no contentor que vem a caminho... Enfim, ele lá ligou para lá hoje e parece que já a encontraram...

   "Que mais me irá acontecer?!"

domingo, 16 de dezembro de 2012

O estado deste blog





Até logo :-)

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domingo, 9 de dezembro de 2012

Espírito Natalício

King George Square

Solar Powered Lights!
   O Natal nunca foi a minha época favorita e sempre me passou um bocado ao lado. Claro, que sempre que possível passo estes dias com a família e entrego-me às iguarias típicas mas para mim não passa de um dia do calendário como outro qualquer. 
   Há anos que não faço árvore, nem coloco decorações em casa. Não suporto as musiquinhas na rádio nem nas lojas, não gosto do apelo ao consumismo e acima de tudo detesto a hipocrisia daqueles que não se lembram de olhar para além do umbigo nos outros 365 dias do ano mas depois nos desejam as boas festas e nos compram uma caixa de bombons.
   
   Desabafos à parte, este ano o Natal vai ser diferente. Não só estamos muuuiiiito longe como vamos passar o Natal no Verão pela primeira vez na vida! Todos me dizem, "ai que estranho" (com a excepção da minha mãe que é um poço de positivismo e do alto dos seus 68 anos disse: "ai, deve ser bem giro! Eu acho que gostava!") e a verdade é que tirando a consciência do mês não sinto o espírito natalício. Ando de calções e de manga curta e embora veja algumas decorações nas lojas ou na rua, estas passam bastante despercebidas.
   Contudo, não pude deixar de fazer o passeio dos tolos e fotografar a maior árvore de Natal sustentada apenas com energia solar, aqui no centro de Brisbane. Também com tanto sol durante o dia seria um crime estar a gastar electricidade para acender estas luzinhas! Achei curioso que ao pé da árvore está um marco do correio directamente para o Pai Natal. O que será que eles fazem com as cartas???!!!

   Mas a melhor parte é que vamos fazer um road trip até Sydney e vamos passar estes dias com a nossa amiga A. e com a família dela. Vão com certeza ser uns dias muito divertidos, a matar as imensas saudades, a pôr a conversa em dia e a celebrar este novo capítulo (australiano) na nossa vida! E isso sim, é motivo de celebração, seja Natal, Carnaval ou outro dia qualquer ;D

domingo, 2 de dezembro de 2012

O Starbucks está para o café...



   Como o Chatime está para o chá :-)

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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

South Bank






   Em Brisbane o rio é parte integrante da cidade e dos subúrbios. Em 1988 a cidade foi o palco da Expo Mundial e desde aí a zona de South Bank foi revitalizada e é hoje uma das grandes atracções turísticas. Curiosamente, é uma história muito semelhante com o Parque das Nações em Lisboa :-)
   É um local cheio de vida e cor, rodeado pelo rio e por muitas árvores. Há um mercado de rua todas as sextas, sábados e domingos, muitas lojas, restaurantes e bares. Mas para além dos muitos jardins, é o local da única praia artificial na Austrália.
   É uma praia fantástica para crianças uma vez que não há ondas e há zonas de pouca profundidade. Mas para nós adultos, sem putos, é um sítio muito agradável para beber um café nas muitas esplanadas, fazer um piquenique debaixo das muitas árvores (há também imensos BBQs disponíveis) e até dar um mergulho visto que as praias ainda são a alguns quilómetros da cidade.

domingo, 25 de novembro de 2012

First Impressions





   Passaram 20 dias desde que chegámos. Às vezes parece que já cá estamos há muito mais tempo mas depois descubro um novo café, loja ou caminho mais curto para o supermercado e lembrou-me que ainda sou uma novata ;-p
  No meu peito ainda há um turbilhão de sentimentos... Este é um mundo novo a descobrir e isso é um desafio que me faz vibrar. Contudo, são muitas as adaptações e mudanças e isso mexe comigo. Adoro andar de calções e sandálias mas morri de medo das tempestades do fim-de-semana passado, adoro acordar cedo com a luz do sol e poder sentar-me na varanda a ler um livro mas como a nossa casa está numa rua bastante movimentada há sempre barulhos que me incomodam (há muito que estou habituada ao silêncio do campo!), adoro descobrir novos produtos e marcas no supermercado mas sinto falta do consolo de saber quais os melhores iogurtes, a melhor manteiga, etc. 
   Sei que isto é apenas um período de adaptação, mais ou menos longo, pelo qual já passei quando me mudei para a Holanda e para o Reino Unido. É um percurso rico, interessante e entusiasmante mas também tem momentos de dificuldade, de irritação e até de alguma solidão. Sei que os meus compadres emigras irão entender o que quero dizer.
   Perguntaram-me noutro dia se estava a gostar de cá estar e se Brisbane/Austrália correspondia às minhas expectativas. Ora isso é algo muito prematuro e que só com o passar do tempo poderei responder. Por enquanto, fico feliz por estar a correr tudo bem e fico feliz pelas primeiras impressões da cidade e do estilo de vida, vistas pela bitola da recém-chegada, serem tão positivas.

sábado, 10 de novembro de 2012

Do outro lado do mundo :-)


Chegámos na segunda-feira à noite e os dias têm sido bastante intensos! Mas produtivos! Já conseguimos tratar das prioridades, a saber: número de contribuinte, conta bancária, passe, telemóvel e o principal, a Casa! Ainda ando com os sonos trocados e temos andado muito de um lado para o outro, mas apesar de cansada estou muito feliz por aqui estar :-)
As pessoas são extremamente simpáticas e prestáveis, com excepção dos agentes imobiliários (estes merecem um post à parte...)... A cidade é cheia de vida mas arranjadinha. A rede de transportes é boa o que é muito importante numa cidade com tantas colinas (andamos sempre a subir e a descer, lol).
Ainda há um mundo a descobrir e parecemos turistas de mochila às costas e de mapa na mão mas aos poucos já começamos a orientarmo-nos e a entrar no estilo de vida stressfree dos australianos.

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domingo, 4 de novembro de 2012

Em modo de despedida...




Já aqui várias vezes referi que tenho muito orgulho em ser portuguesa. Admiro a minha gente, a minha cultura, a beleza da minha cidade e do restante país. Por isso, é sempre com imensa alegria que visito os "meus lugares", e claro, os meus magníficos familiares e amigos do peito.
Desta vez a visita foi um misto de emoções pois todos tínhamos a consciência que a distância que nos separa será consideravelmente maior e que mais tempo passará até estarmos juntos de novo. Se por um lado estou muito feliz com a nova aventura que nos espera, por outro não consigo deixar de sentir saudades de tudo o que deixo para trás, não só em Portugal como também no Reino Unido....
Não querendo me debruçar muito sobre a maldita crise, a Troika, a Merkel ou o Sr. Gaspar, a verdade é que desta vez encontrei muita gente geralmente positiva bastante desmotivada, preocupada com o seu futuro e com a possível perda de emprego, farta das medidas de austeridade que continuam a prejudicar só alguns e cansados de lutarem em vão. Isso não só me entristece como me preocupa também. Enquanto à minha frente se abre um mundo de oportunidades vejo aqueles que eu amo a viverem na incerteza e sem por isso puderem gozar o que de melhor a vida tem para nos dar.
O que me custa sempre tanto a aceitar é que um país que tem tanto potencial, tanto para oferecer em termos de produtos, turismo, cultura e até ética de trabalho condene os seus habitantes a tal negro futuro. E tudo porque há meia dúzia a encher os bolsos à custa de quem trabalha e assim tem sido desde que me lembro de ser gente!
Enfim, considerações sociológicas e políticas à parte, a verdade é sinto um aperto no peito ao deixar os meus para trás neste ambiente quando vou para tão longe...

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terça-feira, 16 de outubro de 2012

The mother of all moves :-)


   Quando primeiramente pensámos em sair de Portugal, há mais de 7 anos atrás, o nosso destino de eleição era a Austrália. Talvez por influência na nossa amiga A. ;-) Na altura fomos à Embaixada em Lisboa saber informações sobre o visto mas pareceu-nos um obstáculo muito difícil de ultrapassar (e na altura até seria...).
   O tempo passou e acabámos por aceitar um desafio na Holanda que nos ensinou imenso sobre o que é viver longe do nosso país, da nossa família, dos nossos amigos. Foi também uma grande escola no significado dos choques culturais e na necessidade de adaptação, ao frio, à língua, a diferentes estilos de vida.
   Quando fomos ao casamento da A. a Sidney, em Março de 2010, ficámos, como estávamos à espera, completamente apaixonados pela Austrália e mais uma vez cheios de vontade de ir  viver para lá. Regressámos à Holanda e mais uma vez fomos investigar as nossas hipóteses para os vistos. Na altura, por causa da crise financeira que assolou a Europa informaram-nos que não estavam a aceitar candidaturas pois tinham tantas que os processos estavam a levar três anos!
   Entretanto viemos para a Inglaterra onde temos sido muito felizes. Ambos adoramos as pessoas com quem trabalhamos e o que fazemos, fizemos grandes amizades e temos uma vida tranquila e muito à nossa medida. Contudo, continuamos a viver num país frio, cinzento, com muito nevoeiro e chuva....
   Assim, quando a oportunidade surgiu para ir viver para a Austrália não tivemos pois como hesitar e agarrámo-la com ambas as mãos. Vamos embarcar numa nova aventura que decerto vai mudar a nossa vida para sempre! Embora já tenhamos experiência de viver longe, já tenhamos passado por processos mais ou menos fáceis de adaptação, a verdade é que vamos para o outro lado do mundo, com 8 horas de diferença horária e onde o Natal é celebrado na praia pois é no pico do Verão!
   Dentro de precisamente três semanas estaremos a aterrar em Brisbane, Queensland :D
 
   Para assinalar esta grande aventura comecei um novo diário de bordo: http://insearchoftheplatypus.wordpress.com/
   Continuarei a manter este blogue pois gosto de escrever em português e gosto de vir aqui deixar os meus desabafos mas terei muito prazer de vos receber no meu novo cantinho!

domingo, 14 de outubro de 2012

Gordon Ramsay´s Savoy Grill


   Já aqui tinha dito que o Homer adora programas de culinária e que tem os seus cozinheiros de eleição. Assim sendo, fiz-lhe uma surpresa e reservei para irmos almoçar a um dos restaurantes do Gordon em Londres. 
   A comida estava excelente, o local é fino mas não demasiadamente pretensioso e o serviço foi fantástico :-) Foi mesmo uma experiência muito boa a no final da refeição enquanto esperávamos pelo café diz-me ele que esta é a sua medida de sucesso! Há quem compre jipes, ou gaste rios de dinheiro nas lojas do Champs Elysées, nós vamos encher a barriguinha ;-p


Pan fried sea bream with Autumn vegetables


Beef Sirloin with Yorkshire pudding and horseradish cream


Profiteroles with tonka beans ice-cream and chocolate sauce


Lemon curd cheesecake and orange and ginger ice-cream

Frio, brrrr



Ontem à noite verifiquei a previsão do tempo para hoje e decidi deixar a roupa lavada para estender lá fora pois espera-se sol.

Levantei-me cedo e peguei no alguidar para estender a roupa. Senti frio e notei aquele bafo de inverno. Brrrr

Vim para dentro e fui consultar a temperatura. Ah pois, 0 graus..... :-(

Fresquinho......

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sábado, 6 de outubro de 2012

Visita ao mundo mágico de Harry Potter :-)

   No fim-de-semana passado fomos visitar os estúdios Warner Bros onde foram filmados os filmes do Harry Potter. Eu como fã dos livros e dos filmes queria muito fazer a visita e só posso dizer que valeu muuuuuuiiiito a pena :-)
   De repente somos transportados para aquele universo e não conseguimos deixar de nos fascinar com todos os pequenos pormenores. Todos os quadros foram pintados à mão e depois levaram um tratamento de envelhecimento para terem a aparência de séculos, todas as varinhas mágicas foram também feitas à mão e havia uma estante com montanhas delas todas catalogadas pois eram comum perderem-se algumas durante a loucura das filmagens, etc, etc.
   E como uma imagem vale mais que mil palavras aqui vos deixo algumas das muitas fotografias que tirei:


The Great Hall


The Great Hall - As roupas dos nossos heróis no primeiro filme


The Great Hall - A mesa dos professores


O dormitório dos Gryffindor - Curiosamente, as camas foram desenhadas para meninos de 11 anos mas os actores foram crescendo e nos últimos filmes tinham de se encolher bastante para caberem nas camas para as filmagens!


O escritório do professor Dumbledore - Lá atrás, ao pé do escadote, está o chapéu seleccionador


A sala de aula de poções mágicas


A casa do nosso gigante, Hagrid


The Burrow - A casa dos Weasley


The Burrow - A casa dos Weasley


A campa daquele cujo nome não deve ser pronunciado....


Nick Quase Sem Cabeça


Membro do banco Gringotts


Buckbeak


Diagon Alley - Loja dos gémeos Weasley


Diagon Alley - Loja dos gémeos Weasley


Hogwarts

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Macmillan Biggest Coffee Morning


   Na sexta-feira passada tivemos no trabalho um evento para angariar fundos para a instituição de caridade Macmillan Cancer Support. Eu fui responsável pela organização do evento, desde as decorações do local, à venda de bolos, pins, etc.


   Eu fiz um bolo mármore para o bake sale e passado pouco tempo só restava o prato! O melhor de tudo é que hoje contámos o dinheiro e conseguimos angariar 254 libras e 49 pences. Fiquei muito orgulhosa com o resultado pois o dinheiro vai de facto para uma boa causa :-)  

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Afternoon Tea


   Numa tarde de Domingo de frio, chuva e vento nada como uma cházinho quente para nos aquecer a alma! Juntamos a isso este conjunto de iguarias, excelente companhia, boa conversa e muita gargalhada (como de costume!) e temos um final de fim-de-semana perfeito :-)
   
   Cá por casa o aquecimento central já foi ligado e as botas e os casacos já saíram dos armários. Ainda estamos em Setembro mas o Inverno já está aí a espreitar... Hey, gotta love British weather!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Que se lixe a Troika!

   Não costumo escrever acerca das notícias em Portugal mas vou acompanhando o que por lá se vai passando. O facto de viver fora há seis anos não faz com que me preocupe menos ou não me importe com que o estado do país. Não é pelo facto das medidas de austeridade não me afectarem pessoalmente que deixo de ficar indignada quando vejo um país inteiro condenado a um presente e um futuro negro.
   E não é só porque tenho família e amigos que são afectados com a crise e as medidas governamentais. É principalmente porque sou portuguesa e tenho orgulho das minhas raízes! É porque reconheço o nosso potencial, a nossa garra e sinto-os a irem pelo cano abaixo e isso revolta-me.
   Quando decidi emigrar, ainda a "crise" morava longe, embora soubéssemos que ela não estaria longe. Não estava desempregada, não tinha dívidas ou contas em atraso, não estava desesperada ou com a corda ao pescoço. Saí de Portugal pois quis conhecer novas culturas e uma nova ética de trabalho. Quis alargar horizontes e experimentar novos estilos de vida. (E não podia estar mais feliz com a minha decisão...)
   Contudo houve também um factor de desilusão: os boys, os tachos, as cunhas, o viver de aparências, o deixa andar, o requerimento A para obter o formulário B que dá direito ao papel C, o chico-espertismo, sempre foram coisas que causaram urticária!


   Tive pena de não ter podido sair à rua em protesto no passado Sábado e juntar-me aos milhares de portugueses insatisfeitos com o estado do país. Fiquei contudo orgulhosa por tantos terem saído à rua e não se terem limitado a ficarem em casa a reclamar com os seus botões. Fiquei orgulhosa por tudo ter corrido pacificamente. Fiquei orgulhosa por termos demonstrado que nos sabemos unir e lutar por um futuro melhor...


   Hoje a Andorinha falava como o regresso a Amsterdão foi difícil desta vez e como chegava a sentir que estava a abandonar o barco antes de ele se afundar. Estes pensamentos já me visitaram vezes sem conta mas sei que mesmo que eu quisesse voltar (que não quero!) tal não me seria "permitido". Não há perspectivas de emprego, com 35 anos já sou velha para procurar trabalho em Portugal, e a qualidade de vida a que me habituei não seria possível ter em Lisboa.
   Estou fora por opção, não sinto que tenha sido forçada a isso. Não regresso por opção, pois ainda há um mundo a descobrir à minha espera. Mas serei sempre portuguesa, para o bem e para o mal, e irei continuar a ter esperança que o povo da revolução dos cravos tenha força para se impor, se reerguer e mandar os senhores da Troika, do FMI e do governo para um sítio feio, sujo e recôndito!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Trilogias

   Quantas vezes fechamos um livro e ficamos tristes porque acabou? Para combater isso nada melhor do que trilogias, onde podemos viver mais aventuras com a mesmas personagens que nos prenderam e nos conquistaram desde o primeiro momento.
  Nos últimos tempos lancei-me a duas ;-) Primeiro comecei com a famosa trilogia Millenium. Os livros prendem-nos pela acção, pelas peculiaridades da protagonista e pela intriga. Quando terminei o último livro fiquei com vontade de continuar, principalmente sabendo que a intenção do autor era continuar a escrever as aventuras da Salander e do Mikael Blomkvist.
   Vi o filme (versão Hollywood) baseado no primeiro livro e gostei bastante. Houve algumas alterações à história que não fizeram muito sentido para mim mas de qualquer forma achei que estava bastante fiel e muito bem conseguido.

  A trilogia dos Hunger Games começou curiosamente com o filme. Nem sequer me pareceu o tipo de filme que normalmente aprecio mas tinha ouvido boas críticas e fui com os meus colegas ao cinema. Gostei imenso do filme e fui surpreendida pela positiva. Depois do filme a minha colega devorou os livros e deixou-me curiosa.
  Um a um também eu fui papando os livros, que se lêem num instantinho, e fui-me deixando cativar pelas lutas pela sobrevivência destes adolescentes. Zanguei-me com as injustiças, exasperei-me com as voltas e contra-voltas, senti-me orgulhosa com cada vitória.
   É uma história pesada, crua e dura. A amizade e o amor são postos a todo o tipo de provas e nem sempre vencem. O mundo não é cor-de-rosa mas sim preto e branco e não há finais felizes, pois a dor e as marcas que deixam são irreparáveis.
   Apesar de serem livros escritos para jovens adultos, são livros que nos fazem pensar no mundo que nos rodeiam e que nos fazem pensar na nossa própria sociedade.

domingo, 16 de setembro de 2012

O "amiguito" Jamie


   Quando o Jamie Oliver começou a aparecer na televisão com aquele programa em que andava com a sua vespa e cozinhava para os amigos no seu apartamento em Londres eu achei-lhe alguma piada. A sua maneira tonta de falar e a forma atabalhoada de cozinhar compunham o palhaço...
   O pior foi quando tentei replicar algumas das receitas e todas falharam miseravelmente. Primeiro pensei que o problema era meu até que consegui replicar receitas do Gordon e até do Heston e percebi que afinal o Jaimito pode saber cozinhar mas não sabe ensinar/explicar.
   Depois com o passar dos anos, deixei de achar qualquer piada ao seu percurso. As choradeiras porque os meninos americanos não queriam provar a sua comida, a atitude do coitadinho disléxico e incompreendido e a maneira como chafurda na comida sem nunca lavar as mãos (que por vezes têm um aspecto muito duvidoso...).... Uma vez vi-o na tv a enrolar pastéis com duas colheres e a dizer que aquela era uma técnica francesa muito complexa. Olha, vai à casa da minha mãezinha (e da grande maioria das mãezinhas de Portugal!) e ela podem mostrar-te como se fazem pastéis de bacalhau, moço!

   Entretanto, o Jamie abriu uma cadeia de restaurantes italianos por Inglaterra, com preços acessíveis e decidi experimentar. Primeiro fui ao de Cambridge e embora a experiência não tenha sido má, não foi nada de espectacular. Abriu também um restaurante em St Albans, aqui bem pertinho, e alguns dos meus colegas tinham ido e gostado bastante. Decidi tentar mais uma vez.
   A comida estava efectivamente muito boa, melhor do que em Cambridge. A empregada de mesa era super atenciosa e simpática e descobrimos no final que era portuguesa ;-) Contudo, o barulho era insuportável (e fomos num dia de semana!). Basicamente o espaço é uma sala cheia de mesas, até mais não e a acústica não ajuda. A música ambiente não é audível tal é o rumor das vozes dos comezainas. Ora para quem quer relaxar ao final do dia e gozar uma boa refeição este não é o meu tipo de ambiente.

   Fiquei com a sensação de que a capacidade do restaurante é levada ao máximo apenas por lucro e isso fez-me lembrar o velho ditado: "Dá-lhe fama e deita-te a dormir".